
Abby Richter é uma ambiciosa produtora de um programa de TV         matutino, uma mulher controladora, bem-sucedida         profissionalmente, mas que sempre fracassa nos namoros - o que         não faz com que desista de procurar o homem ideal. Mike Chadway         é um apresentador de TV machista, que dá dicas sobre         relacionamentos amorosos, dizendo o que atrai os homens de         verdade e que eles têm uma única coisa em mente – o sexo.

    É óbvio que, na tela da comédia romântica “A         verdade nua e crua”, que estreia nesta sexta-feira (17) no         Brasil, o dois colegas de trabalho se detestam. Mas, por trás         das câmeras do longa-metragem dirigido por Robert Luketic, o         clima era de pura diversão.
    “Acho que estraguei quase 50% das tomadas dando         risada”, disse o diretor em entrevista da qual o G1 participou         em Los Angeles. “Lembro de ter derramado meu café no supervisor         de roteiros quando assistia a uma cena de orgasmo da Katherine         [Heigl, que interpreta Abby]. Depois quando olhei ao meu redor e         vi a reação dos vários figurantes, que não tinham a menor ideia         do que filmávamos naquele dia, pensei se não ficaram em dúvida         quanto a que tipo de filme a gente estava rodando”, diverte-se.

Gerard Butler, que faz o papel do machão Mike,         entrou no clima de improvisação desde o primeiro dia. “Lembro de         ter tocado os seios da Katherine e de dar um tapinha na bunda         dela. Nem sei o porquê! Não fez o menor sentido”, conta o ator,         rindo. “Foi no meu primeiro dia de filmagem, e eu estava         supernervoso, porque ia fazer meu sotaque americano, e toda vez         que ia pegar no cabelo dela, esquecia as minhas falas. Em uma         das vezes, sem querer, coloquei minha mão nos seios dela e         continuei a cena. Achei que ela devia estar pensando que eu era         um idiota. Tipo ‘quem foi que contratou este cara que não sabe         nem as falas e fica pegando nos meus seios?’”, lembra Butler.
    “E eu falei para o Gerard: no roteiro é para você         pegar no cabelo dela, não nos seios! Estamos filmando somente há         um dia, vocês mal se conhecem, não agarra os peitos dela”,         completa o diretor Luketic.

Butler, que tem fama de pegador na vida real, também se         identificou com seu personagem. “Olha, adoraria dar a resposta         mais segura e dizer que não, mas não seria verdade. Eu tenho a         ver com o Mike, sim. Eu não sou tão radical quanto ele nas suas         opiniões, mas acho que todo homem é visual e tem seus momentos         de querer procurar o caminho mais fácil. Mas o que achei legal         no filme é que mostramos também que esta não é a saída, que         chega um dia em que isso já não é mais suficiente e saímos em         busca de algo mais verdadeiro e mais profundo”, teoriza o ator.         “Achei interessante que ouvimos falar de suas várias conquistas         amorosas, mas ele nunca está com nenhuma destas mulheres. Afinal         de contas, transar por transar não deixa de ser uma experiência         solitária.”   

    O ator diz preferir a simplicidade nos         relacionamentos. “Esse filme fez com que eu percebesse como         tornamos algo tão simples como a atração sexual em algo tão         complicado. Algo tão natural no nosso DNA deveria ser simples.         Nós, como uma sociedade, criamos uma série de regras e normas de         comportamento que temos que seguir e que tornam a simples ação         de conhecer alguém quase impossível. E por que não podemos         simplificar? Sabe o que? Namorar é difícil!”, conclui o galã.
Para ver na integra acesse
 http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL1307505-7086,00-NAMORAR+E+DIFICIL+CONCLUI+GALA+GERARD+BUTLER.html